Beneficios quando o tema é Eficiência Energética

Beneficios quando o tema é Eficiência Energética

29/03/2022

No nosso blog sobre Eficiência na Iluminação LED referimos que é necessário mudar  o nosso “mindset”, isto é, evoluir na nossa forma de pensar, ver e agir e perceber que um projeto de iluminação, seja doméstico ou industrial, requer a intervenção de profissionais qualificados que possam aconselhar as melhores soluções, as mais eficientes e que também possam analisar o projeto do ponto de vista financeiro, uma vez que o LED graças à economia de escala, baixou o seu valor de compra, mas hoje deve ser estudado o custo final de uma solução integrada, como se tratasse da compra de uma máquina de produção, pois só desta forma se poderá poupar na fatura de energia.

De uma forma mais direta, devemos dar prioridade a LED’s de última geração, cada vez mais eficientes, com uma melhor eficácia e elevados desempenhos, a iluminação LED tal como qualquer tecnologia é evolutiva e, portanto, a obsolescência dos equipamentos é um ponto importante a considerar, a sua substituição após alguns anos de funcionamento pode constituir um ganho.

Há quem diga que “a lâmpada mais económica é aquela que está desligada”, é uma verdade inquestionável, mas, uma lâmpada desligada é inútil ou não serve o seu propósito que é de iluminar, no entanto existe uma ponta de veracidade nesta afirmação, é que a iluminação pode acender apenas quando é necessária e onde é necessária.

Como tal, podem e devem ser usados dispositivos que permitam a regulação de fluxo das luminárias, a deteção de movimento e presença de pessoas no espaço, as células crepusculares, o balanceamento entre a utilização da luz natural em complementação com a luz artificial, a comunicação entre luminárias e sistemas de controlo centralizado para um funcionamento o mais eficiente possível. Tudo isto são dispositivos que visam trabalhar em conjunto com a iluminação LED para a tornar mais eficiente em tempo real.

Os dispositivos de controlo anteriormente mencionados, embora atuem de forma direta sobre o controlo das luminárias, acabam por ser uma forma indireta de poupar energia. Há, no entanto, outro ponto onde é possível atuar para baixar a fatura energética de uma forma ainda mais indireta, que são os painéis fotovoltaicos ou outras formas de geração de energia. Também neste caso, devido aos problemas da intermitência das energias alternativas, devem ser olhadas como complementos ao normal consumo de eletricidade.

Assim, em resumo, quatro pontos:

  • LED’s tecnologicamente avançados
  • Uso de sistemas de controlo inteligente associados à iluminação artificial, como seja a utilização de sistemas de domótica, protocolos DALI, KNX ou outros, sistemas de gestão industrial aplicado à iluminação
  • Conjugação da iluminação natural com a artificial
  • Recurso às energias renováveis como complemento

Conjugando de forma perfeita os pontos anteriormente abordados, é possível reduzir o tal consumo de 5W para 0,5W? Depois de bem estudado, pode haver essa possibilidade.

Quanto à analogia com o mundo desportivo, a redução das fontes de luz para LED, apesar de ter implicado investimentos e estudos foi simples comparando com o esforço necessário atualmente para voltar a reduzir consumos, uma vez que no centro da solução continuamos com a tecnologia LED, embora cada vez mais eficiente.

A ideia de que o projeto de iluminação de resume à distribuição de luminárias no espaço é um conceito do passado, mesmo que sejam luminárias LED. Aquela ideia que se instalou de há 10 anos para cá, que nos levava a pensar que nem valeria a pena apagar uma luz de LED pois o seu consumo era tão baixo, deve mudar agora novamente, pois o consumo continua cada vez mais baixo, mas não na proporção em que o kWh tem subido nos últimos tempos.

Fazer um projeto de iluminação hoje deve ser um estudo aprofundado e uma resposta a várias questões de entre as quais:

  • Necessidades de iluminação, quando, por quanto tempo e onde é necessário acender as luminárias?
  • Como se vai conjugar a iluminação natural e a artificial?
  • De quanto em quanto tempo poderá ser viável a substituição do sistema?
  • Quais os custos de manutenção e de operação do sistema de iluminação?
  • Como deve ser feito o controlo da iluminação?
  • De onde deve ser feito o controlo do sistema, local ou remoto?
  • Que tipo de monitorização podemos fazer do sistema, das luminárias e da instalação?
  • Qual o retorno de investimento da solução na ótica financeira?
  • Qual o retorno de investimento para os utilizadores em termos de saúde, bem-estar e produtividade pelo facto de existir luz na quantidade certa, no tempo certo, no ponto certo?
  • Quais as vantagens ambientais por ter uma tecnologia atual e eficiente, utilizada da forma correta?
  • Como integrar nas contas da empresa os custos operacionais da solução, poupança energética e investimento?
  • Como proporcionar sensação de segurança aos utilizadores de um espaço apesar de ser vantajoso passar a trabalhar com fluxos luminosos reduzidos?

O paradigma na iluminação mudou, cada vez é mais importante investir bem, aconselhado por profissionais competentes de forma a rentabilizar da melhor forma possível o investimento feito em iluminação.

Obrigado!

José Matos