O Capital Humano tem sido desde o início do seculo XXI considerado uma prioridade política, económica e social para muitas economias mundiais.
Segundo o relatório da OCDE o Capital Humano: " Como o seu conhecimento compõe a vida” (2007).
O capital humano está associado a benefícios económicos e outro tipo de benefícios para as sociedades. Falamos no caso da saúde, agora mais do que nunca um aspeto de elevado interesse com os efeitos da pandemia da Covid-19, das expectativas de vida ou até mesmo das ações comunitárias, não só numa perspetiva de preocupação global das sociedades, mas também numa preocupação cada vez mais constante nos mais diversos contextos da economia do conhecimento e da gestão de informação.
Este tema é muito vasto e de extrema complexidade. Muito pode ser dito e feito sobre capital humano, mas qualquer que seja a forma que tome todas tem um objetivo em comum, a criação de valor individual e coletivo.
Dentro das várias definições que existem sobre capital humano a mais completa é-nos apresentada no relatório da OCDE (2007) “o capital humano é amplamente definido como algo que abrange uma mistura e talentos e habilidades individuais inatos, bem como as competências e as aprendizagens adquiridas pela educação e pela capacitação. (Algumas vezes, inclui-se também a saúde). Talvez, seja válido observar que o mundo dos negócios, que adotou, ansiosamente, o conceito de capital humano, tende a defini-lo de modo mais estrito, considerando-o, sobretudo, como as competências e os talentos numa força de trabalho, que estão diretamente vinculados ao sucesso de uma empresa ou indústria específica”
Desta definição se percebe que o capital humano é um dos ativos fixos mais importantes das empresas onde a relação biunívoca se refere a indivíduos, conhecimentos e habilidades com uma forte relação com as mudanças e crescimento económico do mundo do trabalho.
Por muito avançada que esteja a tecnologia, por muitos processos utilizados nada se torna possível sem a presença Humana.
Abaixo se enumeram alguns dos fatores que contribuem para enaltecer o valor do capital humano:
• Eficácia organizacional
• Estrutura de RH
• Remuneração
• Benefícios
• Absenteísmo e rotatividade
• Recrutamento e seleção
• Educação e aprendizagem
• Habilidades e qualificações
• Experiência profissional
• Criatividade
Os 4 pilares do Capital Humano numa ordem ascendente:
Capacidades – Competências de um indivíduo
Conhecimento – conhecimento formal / informal para realizar determinada tarefa, atividade
Técnica - habilidade na utilização de métodos e realização de tarefas realçando a especificidade
Talento – capacidade inata para a realização de uma tarefa especifica onde se verifica uma integração entre o saber-ser, saber-estar e saber-fazer sendo este o conhecimento posto em ação, isto significa equilíbrio entre conhecimento e ação.
O nosso blog de hoje fala principalmente sobre o conhecimento e qual a importância da formação e o impacto na criação de valor para as organizações.
A capacidade de aprendizagem está intimamente ligada a evolução, ao comprometimento e segurança das pessoas no seio organizacional o que pode garantir mais vantagens competitivas e criação de valor do que propriamente os ativos tangíveis.
O conhecimento é uma simbiose entre o indivíduo e a empresa.
Na visão do indivíduo esta transporta-nos para o saber criar, inovar, adaptar, por outras palavras, comporta-se como uma troca de conhecimento, que se traduzem em sabedoria, experiência e formação do individuo, por outro lado a organização com a sua experiencia no mercado faculta métodos e técnicas profissionais com o objetivo de desenvolver mais o conhecimento individual e fazer dele o sucesso da empresa.
O Capital Humano são as pessoas sendo um dos principais fatores a ter em conta no desenvolvimento e crescimento das organizações de um modo geral, colaborador informado, colaborador motivado, colaborador assertivo.
Não é sem fundamento que o ser humano é considerado um ser pensante criador de valor, pelo que, o Capital Humano pode ser visto numa dimensão que inclua capital social formado pelas equipas de trabalho ou grupos de trabalho, capital relacional intimamente ligado as relações dentro e fora da organização, capital do conhecimento este relativo à experiência e sabedoria e por fim o capital emocional motivacional.
O conhecimento sempre foi muito importante e constitui o pilar para um melhor desempenho das pessoas nas organizações, mas, atualmente tem um papel muito mais relevante do que alguma vez teve. É uma conjugação de experiências, valores e informação a qual proporciona uma estrutura para a avaliação e incorporação de novas experiências e informações.
Nas organizações o conhecimento está presente nos documentos ou arquivos, mas também em rotinas, processos, práticas e normas organizacionais.
Clientes mais informados e exigentes, mercado global em grande expansão e cada vez mais rigoroso, concorrência atenta e com uma área geografia que não conhece fronteiras principalmente no que toca à utilização da internet e uma sempre crescente e desenvolvida vertente tecnologia fazem com que o foco das preocupações nas empresas seja o fator de produção o conhecimento passando a ser entendido como um fator primário para qualquer empresa que pretenda assumir uma posição de destaque na sua área de atuação.
O mercado português, não foge à regra no que diz respeito ao grau de importância que os ativos intangíveis têm vindo a ter. Cada vez mais, o Capital Humano é intensificado nas empresas de forma a permitir organizações mais inovadas, empreendedoras e criativas em que o papel da formação continua, planeada e certificada nas diversas áreas de atuação de uma empresas desde os produtos passando pelos processos até aos serviços proporcionem criação de valor e aumento de resultado e de diferenciação das organizações.
Fiquem bem e em Segurança!